Postos de combustíveis de Parnaíba são alvo de operação nacional por suspeita de ligação com o PCC
A operação também contou com o apoio da Polícia Civil do Maranhão, da Polícia Civil do Tocantins e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público
A ação investiga um grande esquema de lavagem de dinheiro ligado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que teria movimentado bilhões de reais por meio de postos de combustíveis e empresas de fachada em vários estados.
De acordo com as informações divulgadas pela SSP-PI, dois postos de combustíveis localizados em Parnaíba foram interditados durante a operação. Os estabelecimentos — Posto HD 27, situado na Avenida São Sebastião, no bairro Planalto Monteserra, e Posto HD 34, localizado na Avenida Deputado Pinheiro Machado, no bairro Piauí — estariam entre os 49 empreendimentos alvo de mandados de busca e apreensão nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins.
As investigações apontam que o grupo criminoso utilizava o setor de combustíveis para lavar dinheiro proveniente de atividades ilícitas, como o tráfico de drogas e outros crimes financeiros. Segundo a polícia, empresas de fachada eram abertas em nome de laranjas e, posteriormente, os valores eram misturados às receitas legítimas dos postos, dificultando o rastreamento da origem dos recursos.
Além das interdições, foram apreendidos documentos, veículos e equipamentos durante o cumprimento das ordens judiciais. A operação também contou com o apoio da Polícia Civil do Maranhão, da Polícia Civil do Tocantins e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público.
O delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Luís Alberto Barbosa, informou que as investigações começaram há cerca de um ano, após o levantamento de indícios de movimentações suspeitas no sistema bancário e fiscal das empresas envolvidas.
Em Parnaíba, os locais interditados permanecem sob monitoramento e a ANP deve realizar novas inspeções para verificar a regularidade documental e operacional dos empreendimentos.
A SSP-PI informou ainda que o trabalho de investigação continua e que novas fases da operação não estão descartadas.

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