PM teria arquitetado mortes de funcionários para embolsar seguros de R$ 1 milhão no Piauí.
Investigação aponta que militar teria armado acidentes para lucrar com apólices de seguro.
A investigação da Polícia Civil do Piauí revela um cenário chocante envolvendo o tenente da Polícia Militar do Piauí Alexandre Filipe Tupinambá Silva. Segundo a polícia, ele é suspeito de traçar um plano macabro para matar seus funcionários e assim receber valores milionários de seguros de vida.
Preso desde 18 de outubro, o militar já respondia pela morte do caseiro José de Ribamar Osório. Agora, tornou-se alvo de um novo mandado de prisão após a descoberta de uma suposta segunda tentativa de homicídio contra outro funcionário. A Justiça converteu sua prisão temporária em preventiva neste domingo (16), diante da gravidade do caso.
Os crimes ocorreram no sítio do militar, em Santo Inácio do Piauí. Segundo a Polícia Civil, Alexandre Tupinambá teria contratado um seguro de vida de R$ 1 milhão em nome de outro funcionário, ligado à família de sua ex-esposa — e ele próprio aparecia como beneficiário. Para receber o dinheiro, o tenente teria planejado o crime e simulado um acidente elétrico dentro da casa.
O delegado Tales Gomes, da Diretoria de Operações Policiais (DEOP), relatou que o trabalhador só não morreu porque desconfiou do pedido do tenentepara retirar um suporte de TV. Ao verificar o equipamento, encontrou fios desencapados ligados de forma suspeita.
“A tentativa não se consumou porque o trabalhador percebeu a irregularidade antes de tocar no suporte”, afirmou o delegado.
As investigações indicam que o militar teria agido de forma premeditada, motivado por ganância e pela suposta intenção de lucrar com a morte dos funcionários. Há indícios de homicídio qualificado e tentativa de homicídio por motivo torpe, ligados à fraude em seguros.
Com o avanço das apurações, o tenente Alexandre Filipe Tupinambá Silva seguirá preso enquanto a polícia busca esclarecer os fatos. Ele está recluso no presídio da Polícia Militar, em Teresina.
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